Escolha como suas melhores propriedades termodinâmicas o R717 apresenta um melhor coeficiente de desempenho (COP) em comparação com refrigerantes sintéticos, entre eles o R22. Também possui uma ótima transferência de calor, o que possibilita operar com maiores instalações de evaporação ou menores instalações de condensação.
Graças ao seu odor característico torna-se fácil notar o surgimento de vazamentos. A Amônia possui grande tolerância com umidade, a água forma uma solução com a Amônia e não congela; porém acima de 300 ppm ocorre oxidação do aço.
A Amônia não é totalmente miscível com o óleo lubrificante, consequentemente recomenda-se instalar separadores de óleo, bem como posicionar drenos nos pontos mais baixos da instalação, locais onde com certeza o óleo se depositará. Tal comportamento demandará em pessoal treinado e maior manutenção.
O R717 é compatível com aço, ferro e alumínio, porém não poderá ser utilizado com cobre, zinco e suas ligas, bem como borracha e plástico. Além desta menor gama de opções em relação a materiais, o R717 exige uma técnica de soldagem mais refinada. A alta temperatura de descarga da Amônia obriga que parte da área de troca do condensador seja usada como dessuperaquecedor. Para sistemas de Amônia que usam degelo através de gás quente, deve-se providenciar plena liberdade de dilatação térmica. Compressores de pistão devem ser providos de cabeçotes resfriados a água para evitar a deterioração do óleo, bem como para facilitar a separação do mesmo; já os compressores parafusos devem dispor de resfriador de óleo específico para os mesmos fins.
A Amônia também poderá se tornar explosiva dentro de teores de concentração de 15 a 30% em volume. Possui também uma alta toxicidade (25ppm) que deve ser levada em consideração.
Paulo Neulaender